Sinopse – Toda Luz que não Podemos Ver
“Marie-Laure vive em Paris, perto do Museu de História Natural, onde seu pai é o chaveiro responsável por cuidar de milhares de fechaduras. Quando a menina fica cega, aos seis anos, o pai constrói uma maquete em miniatura do bairro onde moram para que ela seja capaz de memorizar os caminhos. Na ocupação nazista em Paris, pai e filha fogem para a cidade de Saint-Malo e levam consigo o que talvez seja o mais valioso tesouro do museu.
Em uma região de minas na Alemanha, o órfão Werner cresce com a irmã mais nova, encantado pelo rádio que certo dia encontram em uma pilha de lixo. Com a prática, acaba se tornando especialista no aparelho, talento que lhe vale uma vaga em uma escola nazista e, logo depois, uma missão especial: descobrir a fonte das transmissões de rádio responsáveis pela chegada dos Aliados na Normandia. Cada vez mais consciente dos custos humanos de seu trabalho, o rapaz é enviado então para Saint-Malo, onde seu caminho cruza o de Marie-Laure, enquanto ambos tentam sobreviver à Segunda Guerra Mundial.
Uma história arrebatadora contada de forma fascinante. Com incrível habilidade para combinar lirismo e uma observação atenta dos horrores da guerra, o premiado autor Anthony Doerr constrói, em Toda luz que não podemos ver, um tocante romance sobre o que há além do mundo visível.”
AUTOR: Anthony Doerr
EDITORA: Intrínseca
ANO: 2015
PÁGINAS: 557
Toda Luz que Não Podemos Ver é um livro que relata a segunda guerra mundial, mas com uma escrita diferenciada, em capítulos curtos e histórias intercaladas que navegam entre o passado e o presente e prendem a atenção do leitor. Claro que um livro que se passa na segunda guerra é triste, e não poderia ser diferente, mas é de longe um livro deprimente. Esse é o ponto fundamental, Doerr consegue narrar essa época triste com personagens cativantes e bem construídos, de uma forma que por pior que sejam os acontecimentos conseguimos ver a esperança, a sensibilidade e a humanidade das pessoas.
O livro conta a História de Marie-Laure, uma menina Parisiense que fica completamente cega aos 6 anos de idade. O pai de Marie trabalha como chaveiro no Museu de História Natural e mora sozinho com sua filha. Ela sempre o acompanha em seu trabalho e assim conhece o mundo através de suas percepções, o museu é a grande distração da menina. O pai tenta ensinar tudo para a pequena Marie, e para isso faz uma maquete extremamente realista das ruas do bairro, para que a menina tenha a sua independência e possa se guiar livremente. A dedicação do pai com a filha é algo que nos surpreende e também a força de Marie em viver nessa época tão difícil, ainda mais com suas limitações, o que deveria ser extremamente assustador.
Paralelamente conhecemos Werner, um menino órfão que mora junto com sua irmã Jutta em um orfanato de uma cidadezinha na Alemanha. Werner descobre, desde cedo, o seu talento em eletrônica e o concerto de um rádio muda o rumo de sua vida. Os meninos da cidade acabam virando mineradores e Werner não queria ter o mesmo destino do pai que morrera na profissão. O seu talento o faz ser convidado para cursar uma escolha do Governo onde poucos são selecionados, para aprender e se tornar os melhores soldados Nazistas.
Em Toda Luz que não Podemos Ver vamos acompanhar a história desses dois personagens e personagens secundários igualmente cativantes. Veremos como a guerra afetou a todos, a sua luta pela sobrevivência, seus medos, horrores que viram a sua volta e que passaram. Vemos o sofrimento dos dois lados, algo que não é comum, mostrando o que os civis na Alemanha passaram e como também foram extremamente agredidos pelo Nazismo.
